Realizado pelo Instituto Teko Porã, o projeto Viver Melhor concluiu em 2024 o quarto ciclo em Mogi Mirim. Com quatro núcleos instalados no município do interior paulista, o Viver Melhor fechou o ano com mais de 180 alunos inscritos e ativos. O número é considerado bastante satisfatório pela gerente do projeto, Paula Asbahr.
“Nós temos como objetivo incorporar o conceito do ‘bem viver’ como um valor fundamental que nos guia, ampliando as nossas relações. Afinal, a vida é plena quando estamos em harmonia conosco, com o próximo e com a natureza”, destacou a gerente, que enalteceu as parcerias que tornaram possível o quarto ciclo em Mogi Mirim, envolvendo alunos, professores, familiares e autoridades locais. Em entrevista, Paula avaliou o ano, trouxe detalhes sobre o dia a dia do projeto e projetou a nova aventura programada para 2025.
Qual a avaliação geral que pode ser feita do quarto ciclo do Viver Melhor em Mogi Mirim?
É mais um belo ciclo que está terminando. Nós tivemos a formatura em novembro e as aulas acabam agora, em dezembro. Finalizamos o ano com 185 alunos ativos, sendo que a nossa meta era de 160. Em relação a esse número, podemos afirmar que foi ciclo muito positivo, desde o início estivemos acima dos 100% da meta, e essa é uma das maiores conquistas que tivemos.
Em 2023, ficamos bem próximos dos 100% e agora ultrapassamos a meta em todos os momentos do ano. Já em relação às nossas metas de frequência, que são de 75% de frequência nas aulas, tanto individual quanto geral, nós praticamente em todos os meses atingimos esse número. A avaliação é muito satisfatória, é bastante positiva.
Do ponto de vista humano, considerando as histórias dos alunos, quais foram os aprendizados que o Instituto Teko Porã colheu em 2024?
Além daquelas histórias que conseguimos colher em entrevistas publicadas em nosso site e nas redes sociais, nós percebemos que a formatura é um momento que os alunos falam e compartilham muito sobre suas vivências.
O que mais me chama atenção são os relatos de quadro de depressão ou algo próximo da depressão, e o quanto o projeto foi impactante nesse sentido. Não só por estar ali presente com as pessoas, mas por esse efeito causado pelos próprios exercícios. É um complemento, um combo, mas isso mostra o quanto o projeto mudou na vida deles.
As questões de saúde aparecem diariamente, inclusive nos relatórios mensais dos professores. Nós ficamos muito felizes pelo impacto que causamos também nas políticas públicas direcionadas à saúde, é algo computado para apresentarmos para os próximos ciclos. Cada vez mais esses relatos têm aparecido.
Após quatro ciclos, o Viver Melhor está consolidado em Mogi Mirim. Qual o feedback vocês têm recebido dos alunos, principalmente aqueles que estão há mais tempo no projeto?
O projeto está ficando cada vez mais conhecido na cidade. As pessoas não só sabem da existência, mas também já conhecem a proposta. Tanto que teremos uma fala logo na primeira reunião do próximo ano do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa.
A ideia é explicar melhor para os novos conselheiros da cidade, uma vez que estamos entrando em um novo mandato, temos conselheiros novos e nova presidência, para manter aquilo que já conquistamos. Em relação aos alunos, a grande maioria está no projeto desde os dois primeiros ciclos e são grandes parceiros na cidade para a continuidade do Viver Melhor.
Quais são as principais metas para o próximo ciclo?
Vamos manter as metas de 2024 para o próximo ciclo, pois entendemos que ainda não é o momento de aumentar os números. Porém, já estamos conversando com órgãos municipais sobre a possibilidade de um projeto futuro com os servidores públicos acima de 60 anos e há grandes perspectivas de crescimento. Para o próximo ciclo, temos uma ideia de projeto piloto e, futuramente, queremos ter duas vertentes do Viver Melhor em Mogi Mirim.